O tempo que passa ligeiro
Não consegue apagar
A saudade que de ti
Em meu peito veio morar!
Tanto tempo andei à tua procura,
Até que um dia, por sorte,
O destino, frente a frente nos colocou,
E sabíamos ser tudo um para o outro!
Os dias eram sempre festivos,
As noites, eu as passava a sonhar...
Só tinha inveja de seu travesseiro
Que podia dormir a te acariciar!
Um dia a Vida te levou de mim...
E a minha procura fez reiniciar,
Por longos anos, até que por fim,
Mais uma vez, nos fez reencontrar!
Seu riso argênteo que voltei a ouvir,
Fez-me a felicidade reencontrar...
Mas pouco durou este tempo feliz,
Pois a Morte, de novo, te obrigou a me deixar!
Há Tempos Legião Urbana
Parece cocaína mas é só tristeza, talvez tua cidade.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão
E o descompasso e o desperdício herdeiros são
Agora da virtude que perdemos.
Há tempos tive um sonho, não me lembro
não me lembro...
Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso.
Os sonhos vêm e os sonhos vão
O resto é imperfeito.
Disseste que se tua voz tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira.
E há tempos nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
Há tempos são os jovens que adoecem
Há tempos o encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
E só o acaso estende os braços
A quem procura abrigo e proteção.
Meu amor, disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem
Lá em casa tem um poço
mas a água é muito limpa.

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